Um quarto da vida marinha depende dos recifes de coral. Os recifes de corais são verdadeiros berçários para espécies marinhas.

Servem de abrigo, local para reprodução, alimentação (pois vivem associados a algas que servem de alimento) e moradia de uma em cada quatro espécies marinhas, incluindo 65% dos peixes. Eles têm um papel imprescindível na cadeia alimentar dos oceanos, e sua estrutura rígida contribui para a proteção e sobrevivência de centenas de espécies, incluindo os peixes que nós, seres humanos, comemos.

30% dos recifes no mundo estão danificados. E estima-se que dentro de 30 a 40 anos, 60% das áreas de recife no mundo estarão severamente degradadas.

A sobrepesca, a poluição, e o aumento da temperatura dos oceanos são alguns dos fatores que contribuem para o branqueamento e a morte dos corais. A mortandade dos corais aumenta nas estações de seca, quando a temperatura dos oceanos se eleva. Porém, com as mudanças climáticas, estes casos de branqueamento estão cada vez mais frequentes.

Mudanças climáticas irão afetar 38% dos corais. E mais de 12 mil km² de recifes serão degradados ainda este ano.

De acordo com um levantamento da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos, 2015 será o terceiro ano com mortandade em massa dos recifes de corais. Com o aumento da temperatura, os corais passam a liberar substâncias tóxicas prejudiciais às espécies que se abrigam nos recifes, e à saúde dos oceanos.

Recifes ocupam 3 mil km da costa brasileira. E a maior e mais rica área de recifes do Atlântico Sul está localizada em Abrolhos, no Sul da Bahia.

A área apresenta todas as espécies de corais já registradas no Brasil, que constituem a maior diversidade de recifes de corais do país, e também a mais conhecida. Atividades como o turismo, a pesca predatória, exploração de petróleo e outras atividades relacionadas ao desenvolvimento da zona costeira são alguns fatores que ameaçam os recifes de corais brasileiros.