Conservação Internacional é Conselheira de Impacto da iniciativa que realizou a maior transação de créditos de carbono já registrada

Em 19 de junho de 2024 o BTG Pactual Timberland Investment Group (TIG) anunciou fornecerá 8 milhões de créditos de remoção de carbono para a Microsoft até 2043. Segundo dados do MSCI Carbon Markets, essa é a maior transação de crédito de remoção de dióxido de carbono conhecida até o momento. Os créditos serão entregues por meio da estratégia de reflorestamento e recuperação de US$ 1 bilhão do TIG na América Latina, na qual a Conservação Internacional atua como Conselheira de Impacto para ajudar o TIG a atingir impactos positivos no meio ambiente, no clima e na esfera social.

A estratégia se baseia na conservação, restauração e plantio de propriedades desmatadas e degradadas em regiões selecionadas da América Latina, incluindo o bioma do Cerrado, no Brasil, um dos ecossistemas sazonalmente secos mais diversos do mundo.

Com o apoio Conservação Internacional, a estratégia tem o objetivo de proteger e restaurar aproximadamente 135 mil hectares (mais de 330 mil acres) de florestas naturais em ambientes desmatados. A estratégia também busca plantar milhões de árvores em florestas comerciais de manejo sustentável, certificadas de forma independente pelos padrões do Forest Stewardship Council (FSC)™ em outros 135 mil hectares de terras desmatadas e degradadas. Até hoje, o TIG investiu em 37 mil hectares, e já plantou mais de 7 milhões de árvores e iniciou a restauração de aproximadamente 2.600 hectares de floresta natural.

Mauricio Bianco, vice-presidente da Conservação Internacional compartilhou: "estamos muito satisfeitos com essa parceria que é super estratégica e orientada pela melhor ciência para gerar impacto em escala, assegurando integridade e qualidade, provando de forma concreta que é possível equilibrar os interesses econômicos com a conservação da natureza."

O Timberland Investment Group e a Conservação Internacional trabalham juntos para garantir que a estratégia impulsione a biodiversidade e apoie o desenvolvimento inclusivo e equitativo de comunidades. Até agora, mais de 297 espécies foram identificadas na primeira propriedade da estratégia, onde se espera que uma nova faixa ciliar de 400 metros de largura crie um corredor de quase 5 quilômetros até uma grande floresta natural vizinha, conectando, no final, quase 10 mil hectares de habitat natural.

A geração de créditos de carbono forma parte da estratégia de impacto climático, somando-se a gestão de fazendas de árvores de longa rotação para armazenamento de mais carbono e produção de toras de grande diâmetro que podem ser usados para produtos de longa vida. Os projetos de carbono, que ainda não foram registrados, buscarão atender ou exceder os padrões de contabilidade de carbono. A transação foi estruturada de modo que 60% do total dos créditos de remoção de carbono sejam atribuíveis ao sequestro de carbono em florestas nativas recém-restauradas e, 40%, ao sequestro de carbono em fazendas de árvores comerciais recém-estabelecidas e manejadas de forma sustentável.

“A escala desse empreendimento demonstra o potencial que existe no Brasil e outros países latino-americanos para entregar resultados climáticos benéficos, ao mesmo tempo em que se apoiam economias rurais vibrantes. Com o evento de biodiversidade da ONU acontecendo ano que vem na Colômbia, e a cúpula de clima da ONU acontecendo no Brasil no ano seguinte, existe uma real oportunidade de demonstrar liderança no cenário global. Nós estamos entusiasmados de continuar a trabalhar tanto com entes públicos quanto privados para expandir o impacto dessa estratégia e para alinhar com programas jurisdicionais que estão emergindo onde aplicável”, diz Mark Wishnie, diretor de sustentabilidade do TIG e head da estratégia de reflorestamento da empresa.

Mais informações sobre o anúncio neste link e saiba mais sobre como as fazendas de silvicultura podem salvar uma floresta.