Viveiro da Floresta no Acre se destaca na produção de mudas

O Estado do Acre atua na implementação do Programa de Regularização Ambiental e o Viveiro da Floresta se tornou importante aliado nesse trabalho. Com 6 mil hectares e capacidade para produção de um milhão de mudas por ano, o viveiro se tornou um hub de produção de mudas nativas e frutíferas. 

O Viveiro da Floresta, gerido pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) do governo do Acre, atende gratuitamente pequenos produtores da agricultura familiar, através de projetos como o Programa de Regularização Ambiental (PRA) e iniciativas de reflorestamento com Sistemas Agroflorestais (SAF). "O Viveiro tem uma importância estratégica e fundamental para a recomposição florestal de áreas alteradas e degradadas, reflorestamento, sistemas agroflorestais, fruticultura, arborização urbana e manutenção da cobertura florestal do Estado do Acre", afirmou a secretária do meio ambiente do estado do Acre, Julie Messias. 

Desde sua implantação em 2005, com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o viveiro tem se consolidado como um pilar fundamental para a sustentabilidade na região. Atualmente, o Viveiro da Floresta conta com o apoio do Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL Brasil) e, em conjunto com a Sema/AC, fortalece políticas públicas voltadas à proteção e recuperação da vegetação nativa e gestão das florestas no estado do Acre. 

Tayna Neri, coordenadora do Viveiro da Floresta, destacou a diversidade das espécies produzidas: "São 60 diferentes espécies florestais e frutíferas, em sua maioria nativas da região amazônica. O viveiro possui 6 hectares e uma capacidade instalada de produção de um milhão de mudas por ano".  

Programa de Regularização Ambiental 

O Estado do Acre, através da Sema, implementa o Programa de Regularização Ambiental (PRA). Este programa visa à regularização ambiental de propriedades e posses rurais mediante a implementação dos Projetos de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas (Prada). 

Para a secretária Julie Messias, o PRA deve aumentar significativamente a demanda por mudas para projetos de recomposição e restauração florestal. "O Viveiro da Floresta é fundamental para apoiar esses projetos, dentro da política do governo do estado, promovendo a restauração florestal, recomposição de áreas degradadas, fruticultura e desenvolvimento de uma rede de sementes florestais no Acre", complementou. 

Sobre o Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL Brasil) 

Gerido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), o Viveiro da Floresta é uma das ações do Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia para a restauração de paisagens, o desenvolvimento sustentável e a redução do desmatamento. Por meio de uma abordagem integrada de iniciativas, o ASL Brasil busca fortalecer governos subnacionais na Amazônia, gerando economia com base na conservação da floresta, rios e áreas úmidas. 

As mudas produzidas no Viveiro da Floresta são destinadas para recomposição do passivo ambiental em propriedades rurais com adesão ao Programa de Regularização Ambiental. A Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil (MMA) coordena o projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL Brasil). O projeto é executado pela Conservação Internacional (CI-Brasil) e pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) na fase 1, e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na fase 2. É operacionalizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e órgãos estaduais de Meio Ambiente do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia. É implementado pelo Banco Mundial (BM) e financiado pelo Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF). O Paisagens Sustentáveis da Amazônia faz parte do Programa ASL, que fomenta projetos no Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname. Esses esforços conjuntos visam melhorar a gestão integrada da paisagem na Amazônia.