[CI-Brasil na COPBio] Brasil é destaque em evento do programa Paisagens Sustentáveis da Amazônia

Em evento paralelo da COP16, realizado pelo Banco Mundial, países executores apresentaram o impacto de suas ações. 

Cali, 25 de outubro de 2024: A Conservação Internacional esteve presente no evento Programa Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL): Resultados e Lições após 10 Anos, organizado pelo Banco Mundial, agência implementadora do programa, como um side-event oficial da COP16. Realizado no dia 24, o evento contou com a participação de representantes dos 8 países executores. 

Fabíola Zerbini, Diretora do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), foi a representante do Brasil e apresentou os principais resultados do Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL Brasil), com destaque para o apoio do projeto aos estudos para a realização da primeira concessão para restauração do Brasil, na Flona do Bom Futuro, e o potencial que o ASL Brasil agrega de conectar políticas públicas às metas do projeto, citando como exemplo a efetivação do Código Florestal e o suporte à regularização ambiental. 

Zerbini também citou o apoio à construção dos planos estaduais de recuperação da vegetação nativa. “No Pará, por exemplo, estamos falando de 5 milhões de hectares, enquanto o Brasil se compromete a recuperar 12 milhões, conectando-se diretamente à implementação da meta 2 do Global Biodiversity Framework (GBF). O projeto tem um grande potencial para apoiar esses planos, promover o alinhamento entre os estados e garantir resultados efetivos”, encerrou. 

Como executora do projeto no Brasil, junto à Fundação Getúlio Vargas e ao Funbio, e sob a coordenação do MMA, a Conservação Internacional participou do evento. Laura Lamonica, Diretora de Soluções para o Clima da CI-Brasil, afirmou que a ocasião ofereceu a oportunidade de troca de experiências entre os países executores. “Ficou claro o entendimento de que o alcance de resultados efetivos de um programa como o ASL passa pelo fortalecimento de políticas nacionais, subnacionais e pela inclusão dos povos indígenas e comunidades locais que desempenham um papel essencial na conservação da biodiversidade, como é o caso das ações do projeto ASL Brasil”. 

Ainda sobre a participação das comunidades locais e indígenas, Adriana Moreira, Chefe da Divisão de Parcerias do Global Environment Facility (GEF), ressaltou que um dos aspectos importantes é a integração dos países em todos os níveis: nacional, subnacional e a relação com as comunidades e populações indígenas, em um aspecto de construção de capacidades e intenso diálogo no Sul com o Sul. “O programa começou com 3 países: Brasil, Peru e Colômbia, expandindo suas ações para 8. Esses são os primeiros dez anos; temos a intenção de continuar os esforços de apoio a esse programa”, finalizou. 

CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL E O PROJETO ASL BRASIL 

A CI-Brasil trabalha com iniciativas que potencializem as soluções baseadas na natureza, aquelas com potencial de mitigar até 30% dos piores cenários das crises do clima e biodiversidade. Por meio de uma abordagem integrada de iniciativas inovadoras, sua atuação por meio do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL Brasil) visa fortalecer governos subnacionais na Amazônia gerando uma economia próspera com base na conservação da floresta e compartilhando e fortalecendo a cooperação regional entre os principais parceiros envolvidos para a proteção da biodiversidade e todos os serviços que a Amazônia oferece para as pessoas. 

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Sobre o Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL Brasil) 

Visando reverter o cenário da crise do clima e da biodiversidade por meio da conservação, do manejo sustentável e a restauração da Amazônia, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima coordena o Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL Brasil), executado pela Conservação Internacional, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade e Fundação Getúlio Vargas, em parceria com instituições de Meio Ambiente nacionais e estaduais. 

O ASL Brasil se insere no Programa Regional ASL, financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente e implementado pelo Banco Mundial, que inclui projetos no Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname. Juntos, visam melhorar a gestão integrada da paisagem na Amazônia.