[CI-Brasil na COPBio] Painel na COP16 discute modelos de investimentos para a conservação da biodiversidade

Evento paralelo destacou como investimentos inovadores podem preencher a lacuna de financiamento e promover iniciativas sustentáveis, como a restauração florestal em escala.  

Cali, 26 de outubro de 2024 - Os ecossistemas e a biodiversidade são essenciais para o bem-estar humano, e as atividades que afetam a natureza influenciam diretamente a economia e outros aspectos da sociedade. Embora os governos desempenhem um papel central na liderança e financiamento de iniciativas de conservação, é evidente que todos os setores têm um papel a cumprir visando escala e velocidade no alcance das metas globais.  

Durante o evento paralelo “Conservation Investments Blueprint: Unlocking Private Capital for Restoration and Biodiversity” realizado hoje na Conferência das Partes (COP16), a Conservação Internacional (CI-Brasil), em parceria com a Sitawi Finanças do Bem e Belterra Agroflorestas, apresentou os Blueprints para Conservação da Biodiversidade. Os Blueprints são modelos de investimento que têm como objetivo exemplificar como investidores podem alocar seus investimentos em negócios que geram retornos financeiros, ao mesmo tempo que geram impactos socioambientais significativos. 

A lacuna de 700 bilhões de dólares de financiamento até 2030 para proteger e restaurar ecossistemas é um dos principais temas sendo discutidos na COP16 e novos modelos de negócios que atraiam investidores diversos podem ser uma estratégia eficaz para ajudar a endereçar este desafio.   É o que afirma Laura Lamonica, Diretora de Soluções para o Clima da Conservação Internacional. “Aproximadamente 200, dos 700 bilhões, vão depender de outros mecanismos de financiamento e os Blueprints são uma forma de maximizar essa participação do setor privado para a conservação da biodiversidade”, finaliza Laura.  

“Esses modelos são como estruturas replicáveis convidativas a investidores que não conhecem os potenciais do financiamento para a biodiversidade” diz Fernando Campos, Gerente de Finanças de Conservação e Clima da Sitawi. Um exemplo concreto da iniciativa foi discutido durante o evento. O projeto de restauração florestal em larga escala da Belterra, no Brasil, exemplifica como as empresas podem atuar em harmonia com a natureza e como os investidores podem contribuir com soluções para as crises do clima e de biodiversidade alocando seus recursos em negócios que, além de gerar retornos financeiros, promovem impactos socioambientais positivos significativos.