[CI-Brasil na COPClima] Painel na COP29 reúne atores do governo, setor privado e terceiro setor para discutir implementação de Soluções Baseadas na Natureza no Brasil

novembro 12, 2024

Conservação Internacional esteve presente no painel promovido pelo Consórcio da Amazônia Legal que contou com representantes do Governo do Pará e da Vale.  

Baku, 12 de novembro de 2024 – O painel “Potencial brasileiro para Soluções Baseadas na Natureza”, promovido nesta terça-feira, 12, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29) pelo Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, reuniu atores do governo, setor privado e do terceiro setor para falar sobre o potencial que ações de conservação, manejo sustentável e restauração possuem para mitigação e adaptação frente aos desafios das mudanças climáticas.  

Participaram da mesa Gustavo Pinheiro, Conselheiro do Climate Ventures, Bianca Conde, Gerente Geral de Sustentabilidade Corporativa da Vale, Mauricio Bianco, Vice-Presidente da Conservação Internacional (CI-Brasil) e Raul Protázio Romão, Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará. 

Com experiências a partir de diferentes frentes, os painelistas destacaram a importância da colaboração e parcerias entre governo, empresas, ONGs e startups para escalar as Soluções Baseadas na Natureza, gerando impacto ambiental e socioeconômico positivo. 

Representando do governo do Pará, Raul Romão falou sobre a necessidades de políticas públicas que se conectam e impulsionam os trabalhos inovadores que estão sendo desenvolvidos em centros de pesquisa e universidades, garantindo condições habilitantes e robustez a novos projetos, passo fundamental para atrair investimento privado e assim ganhar escala. Além disso, Romão afirmou que o governo do Pará está criando um HUB de bioeconomia que vai incentivar o desenvolvimento de iniciativas ligadas aos produtos e serviços da sociobiodiversidade. 

Com um exemplo prático, Bianca Conde apresentou o exemplo do Instituto Tecnológico Vale, em Belém, onde são conduzidas pesquisas relacionadas a produtos da sociobiodiversidade e que tem como finalidade fortalecer comunidades e torná-las mais resilientes as mudanças climáticas. 

"Para cumprir as metas do Acordo de Paris, financiadores públicos e privados precisam redirecionar seus investimentos e financiamentos para longe de atividades que destroem as florestas e em direção à produção sustentável e a cadeias de suprimentos positivas para a natureza e para as pessoas," afirma Mauricio Bianco, VP da CI-Brasil. Bianco destacou os dados apontados pela ciência de que a natureza representar até 30% da ação global necessária para limitar o aumento da temperatura média a 1,5°C. No entanto, apenas 3% do financiamento climático global vai para essas soluções. 

O VP da CI-Brasil mostrou como a organização tem avançado de forma pioneira na construção de parcerias multisetoriais. "A Conservação Internacional atua como Conselheira de Impacto para a estratégia de restauração do BTG Pactual Timberland Investment Group (TIG), por meio de um fundo de US$ 1 bilhão para proteger e restaurar aproximadamente 135 mil hectares de florestas naturais em paisagens desmatadas na América Latina. Essa parceria garante que a estratégia aumente a biodiversidade e apoie o desenvolvimento comunitário inclusivo e equitativo. A composição desse fundo é de fontes privadas e públicas: empresas como Microsoft, governos do Reino Unido, Holanda e Estados Unidos", explica. 

Outros exemplos dessa construção é a recente parceria com a re.green, onde as organizações unem esforços para ampliar a escala da restauração na Mata Atlântica e Amazônia, bem como fomentar um centro de referência em restauração, junto aos coletivos biomáticos Aliança pela Restauração da Amazônia e Pacto da Mata Atlântica. Na bioeconomia, a Rede PanAmazônica pela Bioeconomia, uma aliança multissetorial dedicada a promover uma bioeconomia sustentável, oficialmente lançada na COP16 de Biodiversidade, é outro exemplo. 

 

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Inaê Brandão – Coordenadora de Comunicação
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