NOSSO DESAFIO
Para as comunidades afrodescendentes litorâneas nas Américas e no Caribe, a crise climática se projeta em grande escala. Na última década, um aumento em eventos climáticos extremos danificou suas casas, destruiu suprimentos de alimentos e de água, e interrompeu os meios de subsistência desde a Colômbia até as Carolinas. Maiores flutuações de temperatura e chuva podem ter consequências permanentes e desproporcionais sobre comunidades vulneráveis, agravando as condições socioeconômicas que enfrentam.
Ocupando áreas de ecossistemas ambientalmente importantes, como áreas costeiras ricas em carbono, manguezais e florestas tropicais, as comunidades afrodescendentes estão em uma posição única para liderar soluções às crises climáticas e de biodiversidade, além de ajudar a abordar questões interconectadas de justiça ambiental, desigualdades raciais e exclusão socioeconômica. No entanto, as vozes dessas comunidades permanecem ausentes de muitas negociações regionais, nacionais e globais sobre o meio ambiente, as mudanças climáticas e a conservação da natureza.
“É crítico e fundamental que as decisões internacionais e nacionais apresentem as vozes, prioridades políticas e visões globais das comunidades afrodescendentes nas Américas. Estamos entusiasmados em promover este trabalho neste momento crítico para a justiça racial e ambiental, ação climática e planejamento de resiliência”
— Luis Gilberto Murillo-Urrutia, ex-ministro de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia e atual pesquisador visitante do MIT
VISÃO GERAL DO FÓRUM
Desenvolvido por líderes afrodescendentes das Américas, o Fórum Afro-Interamericano sobre Mudanças Climáticas oferece maior visibilidade aos desafios ambientais que as comunidades afrodescendentes enfrentam, incluindo riscos climáticos e perda de biodiversidade, além de suas contribuições para a administração de ecossistemas que fornecem benefícios ambientais críticos. O Fórum proporcionará recursos no local, para que as comunidades afrodescendentes se envolvam em projetos de pesquisa e inovação comunitária. Por meio deste trabalho, o Fórum ajudará a desenvolver uma narrativa comum e uma chamada à ação para que as comunidades afrodescendentes ajudem a abordar a mudança climática. A criação conjunta de conhecimento e apoio financeiro para populações afrodescendentes, sobre questões de mudança climática, também ajudará a promover a justiça ambiental e racial.
Formalmente anunciado na conferência do clima da ONU em Glasgow, o Fórum incluirá líderes afrodescendentes de todas as Américas. A primeira reunião foi convocada por Luis Gilberto Murillo-Urrutia, ex-ministro do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, e professor visitante no MIT; Epsy Campbell, vice-presidente da Costa Rica; Kelvin Alie, vice-presidente sênior da Conservation International; e o congressista americano Gregory Meeks. A Environmental Solutions Initiative (Iniciativa de Soluções Ambientais) do MIT e a Conservation International fornecerão orientação técnica para apoiar o Fórum.
IMPLEMENTAÇÃO
- Defesa e formação da conscientização: Reunir líderes afrodescendentes em fóruns internacionais, como as cúpulas de mudança climática e biodiversidade da ONU, e dar visibilidade aos desafios climáticos e ambientais únicos que suas comunidades enfrentam nas Américas.
- Inovação e engajamento comunitário: Juntamente com as comunidades locais, desenvolver em conjunto estratégias centralizadas nas experiências dos afrodescendentes e contribuir com soluções para as questões de mudança climática que suas comunidades enfrentam. Fornecer acesso igual a recursos e financiamento, abrindo oportunidades para promover mudanças e influenciar a gestão de recursos naturais.
- Pesquisa e coleta de dados: Coletar dados, mapear as melhores práticas locais, visualizar e documentar lições aprendidas em relação a soluções climáticas naturais nas comunidades afrodescendentes, usando tecnologia testada pela Environmental Solutions Initiative do MIT, em parceria com a Conservation International e organizações locais, incluindo SUDECC, Nuestra América Verde, ONECA, Afro Global Consulting, Universidad Autónoma de Chiriqui, Fundación Panamá Sostenible, Latinas en Poder and Codechocó and Coalizão Negra por Direitos.
CONTATO
Para saber mais ou se envolver com a iniciativa, entre em contato com Kelvin Alie, vice-presidente sênior de Estratégia, Entrega e Parcerias de campo, da Conservation International (kalie@conservation.org) ou com Marcela Angel, diretora do Programa de pesquisa da Environmental Solutions Initiative do MIT (marcelaa@mit.edu).
RECURSOS
Notícias do Fórum
- Those on the front lines of climate change should be empowered to be central to its solution (em inglês)
- ENVIRONMENTAL EQUITY AND RACIAL JUSTICE - Natural climate solutions in the Amazon and the Black/Afro-descendant Natural Belt of the Americas (em inglês)
- ¿Quiénes lideran la lucha por la inclusión en el debate del cambio climático? (em espanhol)
Vídeos relacionados
In coastal Colombia, a mother teaches her daughter how to swim so that she may go to the mangroves and harvest the piangua shellfish with the other women in the village. Produced by Jungles in Paris and Conservation International. 'Dulce' first appeared online on nytimes.com. Special thanks to Kathleen Lingo, Lindsay Crouse, and Andrew Blackwell of New York Times Op-Docs. conservation.org/dulce junglesinparis.com FESTIVALS Sundance 2019 Toronto International Film Festival 2018 IDFA 2018 Palms Springs ShortFest 2018 - WINNER, Best Documentary DOC NYC 2018 Camden International Film Festival 2018 Hamptons International Film Festival 2018 AFI Fest 2018 CREW Directed by Guille Isa & Angello Faccini Produced by Darrell Hartman, Oliver Hartman & Annie Bush Executive Producers: Lee Pace, Anastasia Khoo & Margarita Mora Cinematography: Angello Faccini Editing: Roberto Benavides Sound Mix & Design: Calvin Pia / One Thousand Birds Sound Recording: Yesid Ricardo Vasquez Rubiano, ADSC Color: Sofie Borup / Company3 For more on Dulce's community and the making of the film, go to: nytimes.com/2018/09/18/opinion/colombia-swimming-lesson-mangroves-dulce.html
Na vila costeira de La Ensenada, Colômbia, onde a busca por mariscos é um modo de vida, todos devem aprender a nadar, até mesmo a pequena Dulce. Porém, à medida que os efeitos da mudança climática, marcados por marés altas e redução do litoral, começam a ameaçar o sustento da vila, as tranquilas aulas de natação dadas pela mãe de Dulce se tornam urgentes. Saiba mais