DANDO ESCALA À RESTAURAÇÃO NO BRASIL

Soluções baseadas na natureza e nas pessoas para enfrentar as crises do clima e da biodiversidade.

 

O CONTEXTO

O cenário que vivemos pede ações urgentes. O ano de 2023 foi o mais quente já registrado na história do planeta, eventos climáticos estão cada vez mais extremos e a ciência já chegou conclusão de que as mudanças climáticas enfrentadas foram causadas por ações humanas e são consequência da emissão de gases do efeito estufa. Os desafios são grandes e as soluções precisam ser robustas. Por isso, a Conservação Internacional atua para escalar e dar velocidade a uma das principais soluções no enfrentamento da crise: a restauração de paisagens.

Estudos observam que as soluções baseadas na natureza, como a conservação e a restauração de florestas e mangues, representam pelo menos 30% das ações globais necessárias para evitar os piores cenários climáticos, ao mesmo tempo que garantem a conservação da biodiversidade e ajudam as sociedades a se adaptarem aos efeitos das mudanças climáticas que já estão ocorrendo.

A natureza é uma tecnologia disponível - e altamente escalável - para remover grandes quantidades de dióxido de carbono da atmosfera e, ao mesmo tempo, proporcionar uma série de benefícios adicionais, incluindo segurança hídrica e alimentar, redução do risco de desastres, oportunidades de emprego, bem-estar e mais.


    POR QUE RESTAURAR?

    Cada dólar investido em projetos de restauração gera uma média de US$ 10 em benefícios.

    Em todo o mundo, quase um bilhão de hectares de terras degradadas podem ser restaurados agora mesmo, sem afetar a segurança alimentar das comunidades locais.

    Alcançando o compromisso global de restauração de 12 milhões de hectares até 2030, o Brasil pode gerar 2.5 milhões de empregos diretos, ou seja, 0.42 por hectare.

     

     

    A restauração de paisagens é uma das principais estratégias para limitar o aumento da temperatura média global a 1,5ºC e para evitar um ponto de não retorno da Amazônia que acelerando o processo de savanização desse bioma florestal e biodiverso.

     

     

    COMO FAZEMOS

    Com uma equipe altamente especializada, a Conservação Internacional trabalha com parceiros locais, governos e empresas para implementação da restauração. Nossa visão é baseada na governança e em níveis de ação subdivididos em políticas ambientais, mercado e paisagem.  

     

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    © CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL / FLAVIO FORNER

    POLÍTICAS AMBIENTAIS

    No nível da política ambiental estão projetos de restauração que desenvolvem atividades mais abrangentes, que englobam grandes territórios, regras e regulamentos, partes interessadas e processos de tomada de decisão em nível subnacional ou nacional.

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    MERCADO

    No nível de mercado estão as iniciativas de restauração realizadas em parceria com organizações, empresas e mercados, diretamente relacionadas à cadeia de valor da restauração ou com ativos, como capital e áreas, para financiar e promover a restauração.

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    © CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL / FLAVIO FORNER

    PAISAGENS

    O nível de paisagem inclui iniciativas de restauração locais, em escala piloto, em que as diferentes técnicas de restauração são testadas e aprimoradas, gerando condições favoráveis à restauração.

     

     

     

     

    NOSSA META ATÉ 2025

  • 100 mil hectares em restauração
  • 2 milhões pessoas beneficiadas no processo
  • 1 milhão de toneladas de CO2 removidos da atmosfera
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    CONHEÇA ALGUMAS INICIATIVAS

     

    © © CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL / FLAVIO FORNER
    PRICELESS PLANET COALITION - PILOTO
    A iniciativa Priceless Planet Coalition emprega um modelo de restauração florestal dedicado não apenas ao plantio, mas também à restauração de florestas em regiões geográficas que representam a maior necessidade global. No Brasil, mil hectares estão em restauração desde 2021 até 2025 na Amazônia e na Mata Atlântica, nos Estados da Bahia, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Maranhão. Diferentes técnicas de restauração estão sendo aplicadas nas áreas, como plantio de mudas, nucleação, regeneração natural, semeadura direta ou muvuca (mistura de alta densidade de sementes dos principais grupos funcionais/ecológicos) e sistemas agroflorestais e silvipastoris. Esses projetos trazem benefícios diretos, como o ganho de biodiversidade e a geração de empregos (4 empregos para cada 10 hectares), bem como a melhoria da conectividade em locais como áreas protegidas em Rondônia e na Bahia e a proteção de nascentes.
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    PRICELESS PLANET COALITION - FLAGSHIP ABROLHOS
    A Conservação Internacional está ativamente envolvida na paisagem terrestre e marinha de Abrolhos, no Extremo Sul da Bahia, há mais de 20 anos. Abrolhos possui infraestrutura para restauração, capital humano, regulamentações e políticas de apoio à conservação. Também apresenta baixo risco de incêndios e desmatamento, e as partes interessadas estão envolvidas em iniciativas de restauração. Na região, a CI-Brasil mapeou as prioridades de restauração e investiu em áreas de restauração, acumulando conhecimentos valiosos e uma equipe dedicada. Esta fase da iniciativa Priceless Planet Coalition tem como objetivo restaurar 5 mil hectares de terras degradadas na Mata Atlântica até 2026. Isso envolve o plantio de 12,5 milhões de mudas de árvores em 5 mil hectares. Até junho de 2024, 2 mil hectares já foram contratados e outros 3 mil serão até 2025.
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    PAISAGENS SUSTENTÁVEIS DA AMAZÔNIA
    O projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com as Secretarias Estaduais de Meio Ambiente dos estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia, e com os órgãos federais Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O projeto é implementado pelo Banco Mundial, executado pela CI-Brasil e financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). Uma das metas do projeto é a restauração de 28 mil hectares, sendo 23,8 mil hectares de regeneração natural assistida e 4,2 mil hectares de restauração ativa.
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    THE REFORESTATION STRATEGY
    O BTG Pactual Timberland Investment Group (TIG) é uma divisão do BTG Pactual voltada para a gestão de ativos florestais. É um dos maiores e mais antigos gestores do mundo nesse campo, com cerca de US$ 4,5 bilhões em ativos e 1,2 milhão de hectares de terra sob sua gestão. O grupo adquire propriedades rurais e segue um modelo de negócios em que aproximadamente metade das terras adquiridas é usada para atividades de reflorestamento sustentável com florestas plantadas certificadas. A outra metade é dedicada à preservação, conservação e restauração florestal. A Conservação Internacional ocupa o papel de conselheiro de impacto na iniciativa avaliando de forma independente os critérios de impacto acordados com o The Reforestation Strategy (TRS). Cada aquisição de propriedade rural é avaliada com base em 14 critérios focados na redução dos impactos negativos e no cumprimento das normas legais.
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    FLORESTA PARA O BEM-ESTAR
    Financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com recurso do Fundo Amazônia, a Conservação Internacional começa a executar em 2024 o projeto Floresta para o Bem-Estar. O projeto atua nos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso e Pará para promover a restauração de 1,5 mil hectares na Amazônia, fortalecer a cadeia da restauração capacitando agentes locais, sensibilizar para temas relacionados a restauração e monitorar com transparência a restauração e impactos socioambientais. A iniciativa trabalha na restauração de áreas degradas em Unidades de Conservação, Terras Indígenas e Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal de assentamento de reforma agrária e imóveis rurais de até quatro módulos fiscais até 2027.
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    AMAZÔNIA LIVE
    O projeto realizado pelo Instituto Socioambiental - ISA no período de 2017-2021 teve como principal objetivo a implantação de 826 mil árvores no processo de restauração na região do Rio Xingu, no Mato Grosso. A iniciativa visou à restauração ecológica e à conexão de paisagens, por meio da recuperação de nascentes e matas ciliares, além da possibilidade de geração de renda na região pelo fortalecimento das redes locais de sementes. Foi realizado um esforço de mobilização e engajamento dos agricultores locais para tratar de passivos ambientais em Áreas Permanentes Privadas (APP), margens de rios e córregos. O projeto incluiu visitas técnicas, mapeamento e diagnóstico ambiental da área de restauração. A técnica utilizada foi a semeadura direta de sementes de espécies nativas, prática conhecida como "Muvuca". Para o monitoramento, foram implementados dois modelos: monitoramento expedito e monitoramento de parcelas permanentes.
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    PARCERIA PARA O BOM DESENVOLVIMENTO
    Para reduzir as ameaças ambientais na fronteira agrícola do Matopiba (região formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e promover a produção sustentável, o projeto incentivou o cultivo em terras já convertidas ou degradadas, apoiou a criação e a implementação de áreas de conservação e incentivou a implementação do Código Florestal Brasileiro. No âmbito da parceria estabelecida com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia, as ações visaram à implementação do Código Florestal na região oeste da Bahia, em propriedades de grande porte. Esse processo ocorreu por meio do aprimoramento do sistema GeoBahia, um banco de dados geográfico que tem como objetivo sistematizar, integrar e possibilitar a análise de informações ambientais e socioeconômicas georreferenciadas para apoiar a gestão ambiental e a tomada de decisões. O registro dos dados espaciais permite a análise remota, agilizando o processo de fiscalização. Além disso, é possível gerar relatórios sobre a restauração de Áreas de Proteção Permanente (APP) e Reservas Legais, fortalecendo o processo de tomada de decisão, planejamento e execução de políticas para promover a restauração florestal. As melhorias dão suporte ao Estado para agilizar os processos administrativos, permitindo a recuperação do monitoramento da vegetação nativa degradada.