Juntos, construímos um projeto que é a cara da mulher Mẽbêngôkre (Kayapó), é forte ao mesmo tempo que é sensível, une a vaidade com a coletividade, concilia modernidade e tradição.
Em 2022, a Conservação Internacional, Associação Floresta Protegida, ao Instituto Kabu e o Instituto Raoni se uniram ao Grupo L’Oréal no Brasil para atender ao chamado das mulheres Mẽbêngôkre e ajudamos a tornar realidade um sonho da guerreira Tuíre Kayapó: aulas de corte e costuras em aldeias no sul do Pará e norte do Mato Grosso.
De lá para cá, o projeto ganhou vida e agregou outros rumos. A iniciativa reformou e construiu dezenas de casas de costura que, além de espaço para a produção de vestidos e artesanato, viraram um local que fortalece a organização política e luta dessas essas mulheres.
O DESAFIO
Se multiplicaram no Brasil nos últimos normativas que desconstituem direitos indígenas e que flexibilizam normas que protegem seus territórios. Essas normas construíram para extinguir ou fragilizar a atuação dos órgãos governamentais responsáveis pelas políticas de proteção aos povos e comunidades tradicionais. De outro lado, a expansão de práticas ilegais de exploração de recursos naturais em terras indígenas coloca em risco pessoas e a biodiversidade. Todo esse ambiente fomentou a prática de violências e ameaças contra os povos indígenas.
POR QUE APOIAR MULHERES INDÍGENAS?
O PROJETO DE COSTURA
O objetivo principal do projeto é fomentar a autonomia de cada das mulheresMẽbêngôkre. Financiado pelo Fundo L’Oréal para Mulheres, o projeto já beneficiou mais de 1,8 mil mulheres direta e indiretamente. Até o momento, foram impactadas 59 aldeias no Sul do Pará e Norte do Mato Grosso através da construção e renovação de 41 casas de costura e artesanato. Nestes espaços, que acabaram virando um local de organização política das mulheres dentro das aldeias, elas participaram de oficinas de costura para aprender a usar o equipamento comprado pela iniciativa e conhecer técnicas de confecção. Voltado para a costura de peças de roupa para uso próprio, o projeto ajuda a diminuir a dependência econômica dessas mulheres que antes precisam comprar suas roupas fora das aldeias.