Com financiamento do Fundo Amazônia, Conservação Internacional, MMA e BNDES vão restaurar 5 mil hectares da Amazônia até 2031
dezembro 5, 2024
Objetivo é acelerar a recuperação do bioma para evitar os efeitos mais drásticos da crise do clima, conservar a biodiversidade e beneficiar as comunidades locais. Primeiro edital foi lançado nesta quarta-feira (04).
Rio de Janeiro, 04 de dezembro de 2024 - Nesta quarta-feira (04), em Brasília, a Conservação Internacional (CI-Brasil), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançaram um edital destinado à restauração em larga escala de áreas degradadas nos estados do Pará e Maranhão. Parte do Restaura Amazônia, a parceria tem como meta restaurar 5 mil hectares até 2031.
Financiado pelo Fundo Amazônia e Instituições Apoiadoras, o Restaura Amazônia atua na recuperação de ecossistemas degradados em sete estados do Brasil e no fortalecimento da cadeia produtiva da restauração florestal. A partir das ações de restauração implementadas pela CI-Brasil, espera-se capturar cerca de 549 mil toneladas de CO₂ e gerar renda para cerca de 2,5 mil pessoas.
O edital irá selecionar organizações sem fins lucrativos para receberem apoio técnico e financeiro para a implementação de projetos de restauração nos estados do Pará e do Maranhão. A meta da iniciativa é restaurar 5 mil hectares na região até 2031, com foco em áreas do chamado Arco do Desmatamento – uma das regiões mais pressionadas pela degradação ambiental no país.
“A CI-Brasil está comprometida em apoiar a implementação do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg) em sua meta de restaurar 12 milhões de hectares até 2030. Iniciativas como as lançadas hoje pelo BNDES, na qual a Conservação Internacional atuará como parceira gestora, são fundamentais para alcançar esse objetivo e dar a escala necessária para a restauração florestal, no intuito de mitigar os impactos da crise climática, recuperar a biodiversidade e ao mesmo tempo fortalecer a economia local. É por meio de soluções integradas como a restauração que podemos construir um futuro mais sustentável e resiliente para todos”, afirma Mauricio Bianco, vice-presidente da Conservação Internacional (CI-Brasil).
Durante o evento de lançamento, a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, falou sobre as transformações que a iniciativa pretende gerar: “A ideia do Arco da Restauração guarda exatamente esse conceito. Nós queremos reconstruir a floresta tanto com restauro ecológico quanto com restauro produtivo, garantindo o conjunto dos serviços [ecossistêmicos] que a floresta nos traz e, além disso, gerando emprego e renda.”
Edital público está aberto
O primeiro de pelo menos três editais que serão lançados para atingir a meta de 5 mil hectares foi publicado nesta quarta [Restaura Amazônia].
Ele irá selecionar cerca de 6 projetos que receberão apoio técnico e financeiro para implementar e monitorar a restauração com espécies nativas e/ou Sistemas Agroflorestais (SAFs) em áreas degradadas da
Amazônia. Unidades de Conservação (UC) e arredores são áreas prioritárias.
Podem se inscrever para o edital organizações sem fins lucrativos, constituídas como associações civis e fundações privadas nacionais em suas diferentes formas e cooperativas, desde que estejam legalmente registradas no Brasil há pelo menos 2 anos.
A primeira parte das inscrições segue até 04 de fevereiro. Acesse o edital completo e mais informações no site: Restaura Amazônia
O BNDES divulgou outros dois editais do Restaura Amazônia em parceria com o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM) e a [IB1] Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) voltados para a restauração de áreas nos estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso e Tocantins.
Uma solução, vários resultados
A restauração da Amazônia é uma ação estratégica e urgente para enfrentar os desafios socioambientais atuais. A ciência aponta que Soluções Baseadas na Natureza, como a restauração de florestas, são indispensáveis para mitigar os efeitos das crises do clima e da biodiversidade. A Amazônia, com seu potencial único de captura de carbono, desempenha um papel essencial no equilíbrio climático global. No entanto, o desmatamento pode levar a floresta a um ponto de não retorno, onde ela viraria uma espécie de savana, comprometendo gravemente a capacidade de regular o clima, a conservação de espécies e a qualidade de vida das comunidades locais.
Com essa iniciativa, a CI-Brasil, MMA e o BNDES reafirmam seu compromisso com um modelo de desenvolvimento que alia conservação ambiental, inclusão social e geração de oportunidades econômicas, buscando consolidar a Amazônia como um pilar do futuro sustentável do Brasil e do planeta.
Restaura Amazônia
A iniciativa do BNDES, realizada em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e financiada com recursos do Fundo Amazônia e Instituições Apoiadoras, vai restaurar 15 mil hectares de vegetação
nativa nos estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão. O foco de atuação é em áreas estratégicas como o Arco do Desmatamento, visando transformá-lo em
um Arco da Restauração. A Conservação Internacional (CI-Brasil) é uma das parceiras gestoras da iniciativa e irá coordenar os esforços de restauração nos estados do Pará e Maranhão.
Sobre a Conservação Internacional (CI-Brasil) - A Conservação Internacional usa ciência, política e parcerias para proteger a natureza da qual as pessoas dependem para obter alimentos, água
doce e meios de subsistência. Desde 1990 no Brasil, a Conservação Internacional trabalha em mais de 30 países em seis continentes para garantir um planeta saudável e próspero, que sustenta a todos. Mais informações:
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